| Equipa da UA em busca do rádio intiligente | 
Um aparelho multifunções que pudesse funcionar como rádio, televisão ou 
telemóvel e substituísse todos estes, bastando apenas a instalação de software 
para cada caso, significaria uma importante economia de meios. É com essa 
perspectiva que trabalha uma equipa de investigadores do Instituto de 
Telecomunicações (IT) e do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática (IEETA). 
O reconhecimento já começou com a atribuição do Prémio PLUG 2010.

A base funcional deste rádio inteligente está na capacidade de captar uma vasta 
gama de frequências, de as separar e ouvir simultaneamente, ao contrário do que 
acontece com os rádios, televisões e telemóveis que são pré-concebidos para 
funcionar numa estreita gama de frequências.
Uma versão menos complexa destes rádios do futuro deverá conseguir procurar 
frequências não utilizadas pelos diferentes operadores, ou seja, o chamado rádio 
oportunista. Actualmente, cada operador reserva uma determinada gama de 
frequências para o seu serviço, mas usa apenas algumas, nunca usando todas 
simultaneamente. É como se num restaurante um conjunto de lugares estivesse 
permanentemente reservado para clientes que raramente aparecem, explica o líder 
da equipa de investigadores da UA, Prof. Nuno Borges de Carvalho. O grupo 
fundador de seis investigadores, inclui ainda os Professores José Neto Vieira, 
especialista em processamento de sinal para áudio, e Arnaldo Oliveira, perito em 
hardware reconfigurável, todos eles investigadores no IT e no IEETA.
O trabalho desenvolvido pela equipa que inclui ainda, para além dos três 
professores, os estudantes doutoramento Nelson Silva, Daniel Albuquerque e Pedro 
Miguel Cruz, venceu a mais recente edição do Prémio PLUG, atribuído pela 
Associação dos Operadores de Telecomunicações (APRITEL). O projecto designa-se 
«Rádios Cognitivos», tem, como base, um projecto aprovado pela Fundação para a 
Ciência e Tecnologia com o título «Transceptores Adaptáveis para Comunicações 
Cognitivas Sem-fios (TACCS)», e deu já origem a diversos artigos publicados em 
revistas científicas. Actualmente, a equipa já envolve, para além dos seis 
elementos iniciais, mais meia dúzia de investigadores.
Embora em fase de protótipo – e ainda em evolução -, a nova tecnologia 
traduzir-se-á numa redução significativa nos custos e em ganhos de eficiência no 
uso do espectro de frequências. Segundo o coordenador desta equipa 
multidisciplinar, dentro de cinco a 10 anos deverão surgir no mercado estes 
rádios oportunistas, capazes de procurar frequências não utilizadas.
 
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| Página "Equipa da UA em busca do rádio intiligente" actualizada em: 03-12-2010 | ||
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